08 junho, 2020

vagalumes

cada cor que surge no meu caminho, encantando-me, quero parar os seus passos para que se encante com toda beleza que há no viver. na descoberta de frutos no galho de uma árvore, na formas que tem as folhas, no desconhecido canto dos belos e pequenos pássaros. descobrimos que existem borboletas que quando batem suas asas fazem sons que nossos ouvidos podem captar e impressionar-se.
depois das noites úmidas e chuvosas, as manhãs são lentas e a quantidade de folhas que foram banhadas é imensa, elas ganham gotas de enfeite, tão perfeitamente penduradas quebra-te parece que já são delas. observar a força e delicadeza do que se é ser gota é aprofundar na vida. quantas vezes fomos gotas?
quando o anoitecer se faz presente aos nossos olhos, vagalumes chegam e preenchem uma imensidão de espaços, são como estrelas na terra, que dançam no ritmo perfeito para o som da harpa que colocou para ouvirmos.
são instantes que o silêncio se faz presente e deixamos que nossos corpos estejam inteiros. a matéria se transforma, brota a certeza que ainda há beleza, a raiz ainda cresce embaixo da terra, preenchemos espaços. se das em pares, em concreto. ainda dá. ainda somos e insistindo em viver.

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