14 junho, 2011

qualquer título

fechamos os olhos;
seguimos o ritmo dos meus pés,
dançando os versos espontâneos
soprados no ar, por seus lábios belos.
cheiramos ao jasmim da nossa cama
e ao café do primeiro despertar.

misturamos,
os nossos doces.
os tantos sonhos nossos
cantados nos poemas declarados
na noite de lua linda.
escuridão que não assusta,
apenas junta.

os pés descalços
pararam o bailar no caminhar doce;
descascaram-se nos lençóis emaranhados,
de amor,
do dia
         à noite.

05 junho, 2011

estagnar

de repente,
o olhar mudou-se em mim
mas os olhos não conseguem enxergar
como meus instintos querem você.

o silêncio encharca minha vontade
derretendo qualquer declaração ensaiada.
embriago-me, acalmando o desespero dos meus olhos
derramando gotas vermelhamente rubras.

deixo-me levar com a maré,
conservando a energia da confusão interna
onde for, será o mais lindo lugar criado
por um pequeno sentir,
desesperado.