23 março, 2013

A desordem dos papeis, das leis e regras que eu abandonei. Abandonadas no momento que encarei um olhar desejoso. Teu cheiro venceu da minha necessidade de esperar. Explodimos naquela janela escancarada, com luzes piscantes das eternas TVs. Os pensamentos não conseguiram voar, a racionalidade martelava a cada grito do meu corpo. Não soube lidar com a gentileza de cada movimento do teu corpo torto, entreguei-me, desenhei-me em você. Me encara, sabemos olhar no olho, sabemos apertar as mãos e encontrar a mesma sintonia, produzindo substâncias que voam, encontram caminhos nos blocos que deveríamos estar, nos barcos que esperam uma onda no mar. O vento não bate, é tudo muito imenso, é tudo muito distante, não sei mais te encarar, mas quero. Qual o efeito que o meu silêncio provoca. Me sinto vazia... me esforço para encontrar o caminho até você. Quero encontrar-me nos seus olhos. Preciso me encontrar, pra mim mesma, para entregar para você o melhor que em mim há.

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