25 maio, 2011

Perder-se

Quando o branco invade tudo que está em volta dos meus olhos, entrega-me a liberdade maior de todas fazendo perder-me nas palavras que não há. Digo o que desejo apenas em pensamento único, que dissipa como água derramada, e o branco cresce, inexplicavelmente, pois dentro, tudo encontra-se transbordando de ideias e vontade de extrapolar-me. A liberdade espalha-se em mim, confundindo todas as linhas que tentei seguir; e assim fico, totalmente água ao chão, desejando o aquecer do amarelo maior, para transformar-me em outras possibilidades. Agora sinto, a saudade do que posso ser, a vontade de descobrir o cheiro que posso exalar para conectar intimamente a vida marcada nas nossas mãos. O âmago comum do mundo e eu, acreditando na complementação dos meus átomos com o inteiro que me rodeia. Misturando as cores todas, fazendo nascer-me mais uma vez ao sol, mudando a essência da minha esperança agora pequena, mas que cresce quando a beleza do eu, espalha-se pela imensidão do viver.

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