15 novembro, 2010

Olhos pregados no infinito; nem por um instante fecharam-se. Não consegui adormecer, não sei se pelo café ou por conta da saudade, que prendeu meu ar, apagando todo o externo.
As portas da minha percepção fecharam-se, não compreendia mais o que ocorria ao meu redor, muito menos pelo avesso de mim. Nada.
Meus pensamentos voaram, longe, não consegui acompanha-los, apenas foram e não trouxeram nada para o meu íntimo. Nenhum acréscimo, nenhuma surpresa.
O azul então, clareou-se. Acompanhava as rosas nuvens que passeavam lentas, era como um sussurro, tranquilizando-me, despertando-me pro existir. Ressurgiram portas e, todas abertas. Livrei-me então, da prisão do pesado sentir antigo.

Um comentário:

  1. então que entre nas portas e explore, viva e tudo mais.

    belo texto, belo mesmo!

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