01 novembro, 2010

inverno em mim

monotemático,
a mesma dor a cada sílaba,
o mesmo grito querendo ser ouvido a cada súplica,
em versos.

inverno
em mim.

a mim, o vazio destrói. não consigo escapar da nostalgia,
da falta de ação e de calor.
preciso suar ao seu lado, preciso de energia, energias...

a mesma dor
com a quantidade de saudosismo maior a cada pequeno espaço apreciável
de tempo,
instantes.

tentavivas frustradas de escapar do amor que condenei-me,
a dor que ama ficar, que escorre ao meu rosto, queimando-me.

inverno em mim.

em mim, tudo frio. não há emoção, não há desabrochar,
não ar,
quero asas, sair de tudo que já não é mais e que não poderá mais ser.

o amor, apressado, esqueceu-se em mim.

3 comentários:

  1. muito, muito bom.

    belíssimo poema e blog!

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  2. Lindo poema!!!! Você é uma constante surpresa.

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  3. "Não cabe mais frio quando se tem o interior em gelo!"
    Tornei-me um seguidor, obviamente!

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