24 janeiro, 2011

Chá De.lírios

Cheiro a sutileza do jasmim, tentando me contaminar com sua delicadeza. Piso nas pequenas flores de jambo para enraizar a emoção da sua lindeza. Quero limpar com a ternura das pétalas, a escuridão que colhi para mim. Delírios.
O sentimento não é apagável. Obrigar a transformar-se no vazio, é apagar a mim. Degusto então, cada sensação, dentro e fora de mim, como o sabor inconfundível do amor. E enriqueço-me com a dor e a beleza do sentir.

19 janeiro, 2011

afogo em vícios meus pequenos detalhes
vejo absoluto desprezo em tudo ao redor
cansei de mim.

afogo-me em vícios, seus pequenos toques
quero esquecer.
desvendei nosso mistério.

apego
apenas esse sentimento desprezível restou-me.
acho bom, que seja tão feio o fim do nosso amor.

me conformo com essa ideia
sigo em frente e não digo nenhuma verdade a nosso respeito.
fim, as vezes é obrigado a ser belo

a dor não tem mais rima,
muito menos o amor.
então sigo em frente

mas não digo nada,
nem da dor
do amor.