14 abril, 2014

Sei lá, me cante, talvez.
sabe os versos que te fazem bem?
pronto, me preencha com eles, com sua voz.

sua voz é rouca, né?
isso, eu gosto assim, me da um conforto,
deve ser algo do inconsciente.

ai pode me acariciar, onde quiser...
o corpo inteiro até, você quem sabe.
mas me toca,
não deixa que eu esqueça que você está perto.

pelo menos hoje minha insônia será suave
sem a angustia do ar preso fora do meu corpo,
ou dentro... não sei, mas dói.

me sufoco por dentro e por fora.
meus pés ficam buscando um apoio,
parece que estou num vão.

me segura!
pelo menos está noite, o escuro vai ser tranquilo.
e o dia pode até amanhecer diante dos meus olhos,
só preciso que esteja comigo.
Invento amores.
Escrevo poemas me enebriando de paixão,
para novamente sentir o arrepiar dos sentidos.

Quero amar puramente.

Que seja escritos delirantes ou vividos viciantes,
Eu quero amar descaradamente,
Ao pé do ouvido, ou na ilusão dos livros.
"Cadê a lua?" - adormeceu....
Mas trouxe o despertar do dia, misturado com a curiosidade da filosofia infantil.
A menina corre e seus olhos percorrem o mundo, inventando respostas, perguntas e sentido.
É um novo sentido, a lógica sem medo. É o olhar da criança, que corre, perfumando o olhar da vida cristalizada.
E quando seus pés tocam a terra, transformam o mundo e, o viver é quase sempre alegria.
Me entregue sua língua cantada, devagarinho,
para dançarmos juntos essa dança nossa.
Se arrasta na minha pele, trançando nossos pensamentos,
escurecendo os dias suavemente.

Vai fazendo eu ser sua, mas não me deixa perceber, 
pois tenho medo de deixar partes minhas para trás.
Mas quero entregar-me a seus livros, cabelo e beijos. 
Eu quero te olhar e me encontrar em você.

Seu cheiro vai se espalhar em mim,
onde vou me afogar de prazer.
E eu vou ser sua, sem medo, pois você veio devagarinho,
me fazendo entrar no ritmo dos seus pés descalços.

E me prenderá delicadamente,
me fazendo esquecer o tempo que tinha para você,
pois este tempo virou a eternidade.
os sinais silenciosos 
os gestos inseguros
a vida que é empurrada nas solidões individualizantes
a voz que não se faz presente
e a dor que se propaga a cada centavo proibido

o medo do sorriso desconhecido,
das consequências, dos arrependidos
do passado não esclarecido
o medo de viver a liberdade de nós mesmos
proibindo o encontro do encanto